O Produto Interno Bruto (PIB) de Minas Gerais deverá continuar a trajetória de crescimento acima do nível dos indicadores nacionais em 2010, conforme especialistas consultados pelo DIÁRIO DO COMÉRCIO. As perspectivas são atribuídas ao perfil econômico do Estado, baseado no setor primário, além de investimentos industriais que poderão beneficiar a economia.
Somente no primeiro trimestre deste ano, o PIB mineiro cresceu 12,2% em relação ao mesmo período de 2009, conforme dados da Fundação João Pinheiro (FJP). Já o nacional obteve incremento de 9% na mesma base de comparação, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No entanto, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Olavo Machado Júnior, lembrou que ainda há muito para ser recuperado por parte do setor produtivo mineiro.
As exportações de minério, por exemplo, apesar de crescimento de 35,2% no primeiro semestre, ainda são inferiores aos resultados verificados no mesmo período de 2008, antes da eclosão da crise. "Foram embarcadas 73,491 milhões de toneladas neste ano, contra 75,308 milhões de toneladas nos primeiros seis meses de 2008.
Conforme Machado Júnior, em virtude da economia ainda ser atrelada ao setor primário, principalmente commodities minerais e agrícolas, os impactos da crise financeira, que eclodiu em setembro de 2008, foram maiores no Estado.
Em 2009, por exemplo, o PIB mineiro caiu 2,7% em relação ao ano anterior. Já os indicadores da economia do país apresentaram retração de 0,2% na mesma base de comparação.
De acordo com o presidente da entidade, a maior vulnerabilidade da economia mineira demonstra que ainda há necessidade de investimentos para gerar maior valor agregado à produção industrial mineira.
Ainda segundo o presidente da Fiemg, entre fatores que preocupam em relação ao crescimento econômico neste ano está a elevação da taxa básica de juros (Selic), que foi elevada em 0,5 ponto percentual para 10,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC). "Foi mais um balde de água fria", afirmou.
Conforme o professor de Economia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Cláudio Gontijo, as perspectivas de manutenção de crescimento da economia do Estado acima da média nacional são impulsionadas pelas exportações de commodities, sobretudo o minério de ferro, que é o principal item da pauta de comércio exterior de Minas.
A manutenção da demanda por parte das siderúrgicas chinesas deverá dar continuidade às exportações do insumo por parte da indústria extrativa no Estado, de acordo com Gontijo.
Os embarques das commodities também foram apontados pelo professor da Faculdade Ibimec Márcio Antônio Salvato como o principal fator para o incremento do PIB. "Para crescer é preciso aumentar as exportações", afirmou.
As perspectivas de crescimento do PIB em patamares acima dos resultados nacionais também são impulsionadas pelos últimos indicadores da atividade do setor no Estado. Entre janeiro e maio a produção industrial em Minas apresentou alta de 24,54%, enquanto a média nacional alcançou 17,24% na mesma base de comparação, conforme levantamento do IBGE.
Os investimentos do setor industrial também deverão contribuir para o crescimento do PIB mineiro em 2010, conforme o diretor comercial da Soltz Mattoso & Mendes Auditores Independentes, José Roberto Mendes. "São aportes expressivos que geram empregos e renda, o que resulta no crescimento da economia", disse.
Entre os investimentos em andamento que deverão colaborar para o incremento da economia, conforme o especialista, estão os do setor automotivo, que manteve o crescimento mesmo em meio à crise financeira global.
A indústria automobilística foi beneficiada pelo pacote de isenção e redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para veículos, concedido pelo governo federal no final de 2008. A desoneração tributária, finalizada em março último para automóveis e comerciais leves, resultou em vendas recordes para o setor, que manteve os investimentos.
Além disso, segundo Mendes, setores como siderurgia e mineração também estão anunciando aportes no Estado, o que impulsionará a economia. Conforme já publicado, a atração de investimentos no Estado deverá alcançar cerca de R$ 80 bilhões até o final do ano.
Entre os aportes já confirmados estão os do grupo gaúcho Gerdau, que investirá R$ 2,4 bilhões em Ouro Branco (Campos das Vertentes). Além disso, a Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais S/A (Usiminas) vem realizando inversões na implantação de uma segunda linha de galvanizado em Ipatinga, no Vale do Aço.
Fonte: Diário do Comércio
Somente no primeiro trimestre deste ano, o PIB mineiro cresceu 12,2% em relação ao mesmo período de 2009, conforme dados da Fundação João Pinheiro (FJP). Já o nacional obteve incremento de 9% na mesma base de comparação, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No entanto, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Olavo Machado Júnior, lembrou que ainda há muito para ser recuperado por parte do setor produtivo mineiro.
As exportações de minério, por exemplo, apesar de crescimento de 35,2% no primeiro semestre, ainda são inferiores aos resultados verificados no mesmo período de 2008, antes da eclosão da crise. "Foram embarcadas 73,491 milhões de toneladas neste ano, contra 75,308 milhões de toneladas nos primeiros seis meses de 2008.
Conforme Machado Júnior, em virtude da economia ainda ser atrelada ao setor primário, principalmente commodities minerais e agrícolas, os impactos da crise financeira, que eclodiu em setembro de 2008, foram maiores no Estado.
Em 2009, por exemplo, o PIB mineiro caiu 2,7% em relação ao ano anterior. Já os indicadores da economia do país apresentaram retração de 0,2% na mesma base de comparação.
De acordo com o presidente da entidade, a maior vulnerabilidade da economia mineira demonstra que ainda há necessidade de investimentos para gerar maior valor agregado à produção industrial mineira.
Ainda segundo o presidente da Fiemg, entre fatores que preocupam em relação ao crescimento econômico neste ano está a elevação da taxa básica de juros (Selic), que foi elevada em 0,5 ponto percentual para 10,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC). "Foi mais um balde de água fria", afirmou.
Conforme o professor de Economia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Cláudio Gontijo, as perspectivas de manutenção de crescimento da economia do Estado acima da média nacional são impulsionadas pelas exportações de commodities, sobretudo o minério de ferro, que é o principal item da pauta de comércio exterior de Minas.
A manutenção da demanda por parte das siderúrgicas chinesas deverá dar continuidade às exportações do insumo por parte da indústria extrativa no Estado, de acordo com Gontijo.
Os embarques das commodities também foram apontados pelo professor da Faculdade Ibimec Márcio Antônio Salvato como o principal fator para o incremento do PIB. "Para crescer é preciso aumentar as exportações", afirmou.
As perspectivas de crescimento do PIB em patamares acima dos resultados nacionais também são impulsionadas pelos últimos indicadores da atividade do setor no Estado. Entre janeiro e maio a produção industrial em Minas apresentou alta de 24,54%, enquanto a média nacional alcançou 17,24% na mesma base de comparação, conforme levantamento do IBGE.
Os investimentos do setor industrial também deverão contribuir para o crescimento do PIB mineiro em 2010, conforme o diretor comercial da Soltz Mattoso & Mendes Auditores Independentes, José Roberto Mendes. "São aportes expressivos que geram empregos e renda, o que resulta no crescimento da economia", disse.
Entre os investimentos em andamento que deverão colaborar para o incremento da economia, conforme o especialista, estão os do setor automotivo, que manteve o crescimento mesmo em meio à crise financeira global.
A indústria automobilística foi beneficiada pelo pacote de isenção e redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para veículos, concedido pelo governo federal no final de 2008. A desoneração tributária, finalizada em março último para automóveis e comerciais leves, resultou em vendas recordes para o setor, que manteve os investimentos.
Além disso, segundo Mendes, setores como siderurgia e mineração também estão anunciando aportes no Estado, o que impulsionará a economia. Conforme já publicado, a atração de investimentos no Estado deverá alcançar cerca de R$ 80 bilhões até o final do ano.
Entre os aportes já confirmados estão os do grupo gaúcho Gerdau, que investirá R$ 2,4 bilhões em Ouro Branco (Campos das Vertentes). Além disso, a Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais S/A (Usiminas) vem realizando inversões na implantação de uma segunda linha de galvanizado em Ipatinga, no Vale do Aço.
Fonte: Diário do Comércio
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