quinta-feira, 29 de abril de 2010

Secretária de Desenvolvimento diz que opções feitas pelo Governo de Minas a favor das regiões mais pobres são corajosas

A Secretária de Estado Extraordinária para o Desenvolvimento dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri e do Norte de Minas, Elbe Brandão, encaminhou uma carta ao blog do jornalista Luis Nassif, em resposta a um artigo do também jornalista Rudá Ricci, publicado no dia 23 de abril, sobre "os dilemas de Minas Gerais".

Através de um resumo das ações praticadas pelo Governo de Minas em benefício das regiões mais pobres do Estado e dos resultados alcançados, a Secretária rebate a afirmação de Ricci de que "Aécio Neves não conseguiu criar – nem mesmo se lançou à tarefa – fóruns ou arenas de elaboração de projetos de desenvolvimento, procurando alterar significativamente a brutal desigualdade social e econômica das regiões centro-sul em relação às regiões centro-norte de Minas Gerais."

Leia abaixo a resposta de Elbe Brandão postada ontem (28/04) por Nassif :


Caminhos para o Desenvolvimento Regional

Partindo do pressuposto de que Minas Gerais é uma síntese do Brasil e com base em texto publicado em seu blog, gostaria de deixar aos seus leitores algumas reflexões sobre o que estamos vivenciando em nosso estado.

O governo de Minas possui um vigoroso programa de desenvolvimento regional.

Um programa de desenvolvimento, para ser eficaz, pressupõe um esforço de planejamento com base em projetos e indicadores de ação. Assim, o governo de Minas, no âmbito do Plano Mineiro de Desenvolvimento Integrado (modelo adotado inclusive por outros estados, vide o Rio de Janeiro) prevê e incorpora instrumentos de indução e acompanhamento do desenvolvimento regional.

As opções feitas pelo Governo de Minas a favor das regiões mais pobres são corajosas e devem ser saudadas porque buscam caminhos que podem criar as condições para o rompimento do ciclo de pobreza ao invés de investir em políticas que perpetuam a dependência do estado. Promover o planejamento, a implementação e a auto-gestão do processo de desenvolvimento sustentável que amplie as oportunidades para pessoas e fortaleça o território tem sido o nosso foco.

É fácil perceber a formidável inversão na lógica de investimento do estado que permite que hoje se faça, nas regiões com baixa dinâmica econômica de Minas, um investimento per capita quase três vezes superior à média estadual.

Pela primeira vez se observa um esforço organizado no sentido de diminuir as desigualdades regionais no estado e que só foi possível, a partir de um consistente projeto de prioridades anunciadas pelo governador Aécio Neves, no seu primeiro dia de governo: “governarei para toda Minas, mas permitam-me dizer que governarei com um olhar especial voltado para os mineiros dos vales do Jequitinhonha, Mucuri e do Norte de Minas”.

A concretização desse compromisso veio com a criação da Secretaria Extraordinária para o Desenvolvimento dos Vales do Jequitinhonha, Mucuri e Norte de Minas, da qual sou a titular. Com isso, o governo sinalizou para a descentralização administrativa, a integração de ações de diversas áreas temáticas (secretarias e outros órgãos do Estado) com o foco em um único território.

A estratégia utilizada para as ações governamentais foi a de absorver o acúmulo dos conhecimentos locais e, assim, implementar, com eficiência, criatividade e permanente participação popular, projetos e programas que resultassem em efetivos avanços do bem estar da sociedade e do desenvolvimento regional. E, ainda, que se estruturam a partir de redes de gestão participativa que estimulam o protagonismo e a organização social no planejamento e execução de políticas públicas e na tomada de decisões.

A opção do Governo do Estado foi clara: priorizar investimentos que possibilitem não só a melhoria da qualidade de vida da população dessas regiões, mas também investimentos em infra-estrutura, educação, saúde e tecnologia, o que significa a criação de condições para atração de atividades produtivas que possam gerar emprego e renda para a população, permitindo o rompimento de um ciclo de perpetuação da tutela do estado.

Para isso, de forma resumida, podemos citar que o Governo de Minas está pavimentando todos os 219 municípios ligados por rodovias estaduais que não possuíam ligação asfáltica, sendo que oitenta e oito deles, ou 40,2%, estão localizados nas regiões Norte, Noroeste e Jequitinhonha/Mucuri. Mais de 30% da população rural destas regiões (500 mil pessoas) foram atendidas pelo Projeto de Combate à Pobreza Rural, com projetos de abastecimento de água, mecanização agrícola, dentre outros.

Por meio do programa Minas Comunica, garantiu telefonia celular para os 412 municípios mineiros que não possuíam acesso a este serviço: 134 destes municípios se localizam nestas regiões.

Para vencer a batalha por universalização do acesso ao saneamento básico, criou-se uma empresa, a COPANOR, com uma missão exclusiva: garantir o serviço de abastecimento de água e esgotamento sanitário em todas as 463 localidades de 200 a 5.000 habitantes, de 92 municípios das Regiões Norte, Noroeste, e Jequitinhonha/Mucuri. Atualmente, 60 localidades já estão com os serviços em operação e outras 119 encontram-se em obras, beneficiando 1,2 milhão de habitantes.

Do ponto de vista dos indicadores, podemos dizer que a partir de investimentos maciços em saúde e educação, a mortalidade infantil caiu 13,5% entre 2002 e 2008 nas regiões mais pobres do estado. A queda nas internações por desnutrição infantil foi de 70% entre 2002 e 2009 .

Os indicadores de melhoria da qualidade na rede estadual de ensino comprovam que também na educação as regiões mais pobres se destacaram. O aumento da proficiência média dos alunos da rede estadual, medida pelo Proalfa, em Minas, no período de 2006 a 2009 foi de 11,66. Já no grande Norte foi de 15,05%. O Proeb no período de 2008 e 2009 também confirma a tendência de um crescimento maior no desempenho dos alunos da 5ª e 9ª séries daquela região

Investir para diminuir as diferenças. É isso que o governo do estado vem fazendo. E é esse o único caminho para combater, de forma eficaz, as desigualdades regionais num estado que possui, dentro e si, tantas diferenças.

Fonte: Luis Nassif Online.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Aécio inaugura exposição em homenagem a Tancredo Neves



Aécio Neves visitou ontem, ao lado de sua mãe, Inês Maria Neves, a exposição sobre a história de seu avô, o ex-presidente Tancredo Neves, no Museu de História Nacional no Rio de Janeiro.

Aécio disse estar emocionado com a exposição que reuniu objetos e documentos de seu avô e com a presença de muitos amigos do ex-presidente. “Agora, no seu centenário, nós revivemos um pouco dessa história. Eu costumo dizer sempre, que é triste a sociedade que não conhece a sua historia. Pois ela terá muito mais dificuldade de conhecer o seu futuro. Acho que as novas gerações que não passaram por aquele período horrível da ditadura têm muito a aprender com Tancredo, com a sua generosidade, característica que Tancredo tinha acima de qualquer outra”.

O pré-candidato José Serra também acompanhou Aécio na visita ao museu e afirmou que a história de Tancredo, primeiro presidente civil após a ditadura militar, o inspira politicamente.

Aécio lembrou que Serra foi convidado por Tancredo depois de eleito presidente pelo Colégio Eleitoral para coordenar o programa de governo. “Estou muito feliz por estar aqui hoje ao lado de tantos amigos, em especial, o governador Jose Serra, que foi convidado por Tancredo para coordenar o seu programa de governo”

Serra lembrou que a partir de Tancredo, o Brasil viveu seu maior período democrático. “Foi uma democracia de massas, de clima de liberdade e longos avanços no País. Tancredo foi o principal autor desta obra, da Nova Republica que completa agora 25 anos de avanços. São anos muito significativos nos permitiram construir o presente e nos estimulam a construir um futuro ainda melhor”.

Fonte: O Globo

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Aécio será anfitrião em encontro do PSDB-MG na próxima segunda-feira

O PSDB de Minas Gerais e o ex-governador Aécio Neves preparam uma festa, na próxima segunda-feira, para receber em Belo Horizonte o pré-candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra. O evento recebeu provisoriamente o nome de "Aécio aponta o caminho: Minas é Serra e Anastasia". O objetivo é mostrar que a eleição de Antonio Anastasia e José Serra será positiva para Aécio.
Na ocasião, Aécio vai entregar a José Serra um plano de ação com foco em Minas. A ideia é que o documento, em fase final de elaboração, integre o programa de governo do presidenciável. Entre os pedidos dos mineiros estão obras viárias e a revitalização do Rio São Francisco, que nasce no Estado.
Serra confirmou via twitter, que vai comparecer ao evento do PSDB. Ontem, em visita à Bahia, negou que tivesse começado pelo Nordeste sua pré-campanha. "Não troquei Minas por Bahia, aqui estou fazendo uma visita. Em Minas vai ser mais do que uma visita. Não há nenhum ato político organizado aqui", disse ontem em Salvador.
Fonte: Abril.com

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Discurso de Aécio Neves emociona participantes do encontro do PSDB

O Governador Aécio Neves participou do encontro do PSDB nacional em Brasília, para o lançamento da pré-campanha de José Serra à Presidência. Aécio discursou em nome dos governadores do partido e foi uma das participações mais marcantes do evento.
Leia abaixo o discurso de Aécio Neves transcrito na íntegra.
"Meu boa tarde a todas as companheiras, a todos os companheiros tucanos, do Democratas, do PPS e, em especial , aqueles que sem filiação partidária participam de um ato absolutamente definitivo para a história deste país.
Eu começo as minhas palavras dizendo que mais que o lançamento ou o pré-lançamento de um candidato, nós estamos aqui, governador José Serra, reunidos para consagrar aquilo que eu dizia, e muitos de nós dizíamos ao longo dos últimos anos: que a unidade do PSDB era o mais vigoroso instrumento para que nós pudéssemos ver no Brasil de novo o governo que privilegiasse o mérito e o resultado.
Caminhei ao lado do governador José Serra durante todo o ano passado por toda a parte deste país.
Discutimos idéias, apresentamos propostas. Mas, em muitos destes encontros, dos quais muitos que estão aqui participaram, eu dizia sempre: nada haverá de nos afastar de nosso compromisso prioritário com os brasileiros. Isso passa, repito mais uma vez, pela nossa unidade. E no momento, em que, no final de dezembro do ano passado, declarei-me não mais candidato do PSDB, eu dava o primeiro claro sinal de que estaria ao seu lado, governador José Serra, porque acima de projetos pessoais, legítimos que sejam, está o interesse maior de construirmos um Brasil diferente.
Hoje, portanto, em nome dos governadores que me dão o privilégio de aqui usar da palavra, quero dizer que estamos iniciando um grande embate. É preciso, principalmente que, nós que aqui estamos, saibamos que o PSDB e seus aliados estão, sim, preparados para o debate sobre o futuro desse país. Estamos preparados para o debate sobre o presente, mas, se quiserem, como alguns têm dito, vamos discutir e debater o nosso passado porque não há nada que nos envergonhe.
Companheiros e companheiras,
Ao contrário do que muitos querem permanentemente fazer crer, o Brasil não foi descoberto em 2003. Os avanços que hoje ocorrem, e eu os reconheço, no Brasil, vieram a partir da luta e do trabalho de muitos democratas que hoje estão aqui participando deste ato.
Ao PT, partido com o qual disputaremos principalmente estas eleições, também não é lícito julgar que a sua história se resume aos 8 anos de governo do presidente Lula. A história do PT vem de longe e vamos, portanto, a este debate. Porque se o Brasil é hoje um Brasil melhor foi porque em 1985, ainda sem fundarmos o PSDB, todos que estamos aqui estivemos ao lado do presidente Tancredo Neves para reconstruirmos a democracia. Eles não. A ele negaram o seu voto porque o projeto partidário para eles era e sempre foi prioritário.
O tempo passou. Tivemos a Constituição, uma discussão extremamente complexa. Aprovamos na Constituinte de 88 a nova Constituição brasileira. Mais uma vez eles a negaram através de suas mais eloqüentes vozes.
Passou-se o tempo. Um presidente foi afastado do governo por impeachment. O Brasil, ainda fragilizado na sua tenra democracia.
Assume o governo um grande brasileiro, meu ilustre conterrâneo Itamar Franco, que convocava as forças de bem deste país para que lhe dessem sustentação naquele processo de transição. Lembra-se bem nosso presidente Fernando Henrique, nosso maior líder, nós estivemos lá, ao lado do presidente Itamar. Eles mais uma vez não, porque o projeto partidário sempre foi prioritário.
O tempo passou. Veio o governo do presidente Fernando Henrique. E aí a mais fecunda e profunda transformação na vida dos brasileiros e, principalmente, dos brasileiros mais pobres, que foi o Plano Real com o fim da inflação. Nós estivemos lá ao seu lado garantindo a estabilidade da economia. Eles mais uma vez não. Negaram seu voto à estabilidade econômica.
O Brasil se modernizou. Veio a Lei da Responsabilidade Fiscal, o mais importante marco da administração pública moderna. Nós a compreendemos e votamos a favor dela. Eles mais uma vez não. Modernizamos, sob o comando do presidente Fernando Henrique, a economia brasileira.
Privatizamos, sim, setores que precisavam ser privatizados, como a telefonia, como a siderurgia. E eles, mais uma vez, não. Negaram espaço à eficiência.
Lembro-me, presidente Fernando Henrique, da luta, do trabalho, da obstinação de dona Ruth Cardoso ao construir uma nova proposta de transferência de renda para os mais pobres, partindo absolutamente do nada. Criando cadastros que não existiam, o início do programa de transferência de renda que teve o nosso apoio. Mas o deles não, porque não era deles a proposta.
Portanto, presidente Fernando Henrique, governador José Serra, companheiro Rodrigo Maia, companheiro Roberto Freire, amigos e amigas.
É preciso que nós possamos visitar a fundo a nossa história, porque é a partir do conhecimento de nossa história que os brasileiros vão escolher o seu futuro.
Vem, portanto, o rodízio natural do poder, natural e saudável na democracia. Assume o presidente Lula. E eu quero aqui de público, frente a frente com meus companheiros, reconhecer virtudes do presidente Lula. Mas uma, uma acima de todas as outras: ele manteve absolutamente inalterada a política econômica do presidente FHC. Teve a responsabilidade de avalizar aquilo que de bom foi feito neste país.
E é ele, mais do que ninguém, que avaliza o governo de V.Exª Portanto, eu venho aqui, hoje , dizer aos tucanos e às tucanas, aos democratas, aos companheiros do PPS: não teremos uma travessia fácil pela frente. Mas quero dizer, agora diretamente a V.Exª., ao amigo, companheiro José Serra: a partir desse dia de hoje, a sua voz será a nossa voz, das montanhas de Minas ao Nordeste deste país. Ao Sul, ao Centro-Oeste, ao Norte.
Cada um de nós haverá de ecoar as suas propostas para dizermos de forma definitiva que queremos um governo que avance mais, que faça menos propaganda e que trabalhe, sim, não para que o governo esteja a serviço de um partido político. Mas, ao contrário, os partidos políticos estejam a serviço de um país.
Hoje é um dia de enorme alegria. Venho com o coração cheio de esperança, governador José Serra, porque tenho a convicção de que passo a passo, com a história que nós construímos e que nos credencia a dizermos que, se o Brasil hoje é muito melhor – e ele é, é porque nós tivemos em todos os momentos a grandeza de colocar os interesses nacionais acima dos interesses individuais ou partidários e, mesmo recentemente, fizemos isto.
Portanto, é hora do trabalho. Não do trabalho formal e protocolar: do trabalho daqueles que acreditam que é possível fazer deste país um país muito maior, fizermos uma rápida inserção na comunidade dos países desenvolvidos, com a experiência dos nossos governos, com a seriedade e a responsabilidade de nossos gestores.
Ninguém tem proposta melhor para este país do que o companheiro José Serra. E ao seu lado eu estarei, a partir de Minas Gerais, das montanhas de Minas para, ao seu lado – onde seja convocado, governador José Serra - fazer com que sua voz possa ecoar por todo o país.
E, aqui de público, para que esse simbolismo marque o encerramento deste encontro, após a fala de V.Exª. de público, quero convidá-lo governador José Serra , para que inicie a sua peregrinação pelas terras mineiras, para que os exemplos dos nossos grandes homens públicos possam inspirá-lo cada vez mais. E as nossas montanhas de ferro possam lhe dar forças para essa caminhada, que não será fácil, mas será uma caminhada vitoriosa porque ao seu lado estarão homens e mulheres que acreditam na administração pública, não como instrumento de valorização de uma facção, mas como instrumento da realização dos anseios e dos sonhos de milhões de brasileiros.
Hoje, Minas aqui está, presente e de pé, para dizer que a partir deste momento o candidato de Minas é o governador José Serra, pois ele encarna os melhores valores e os melhores princípios que conduziram o Brasil até aqui.
Com generosidade, com amor ao Brasil
Até a vitória da decência e do trabalho!
Até a vitória de Jose Serra para Presidente da República!"

sábado, 10 de abril de 2010

Aécio Neves critica Lula e defende gestão tucana no lançamento da pré-campanha de José Serra

"O Brasil não foi descoberto em 2003", disse Aécio Neves hoje em Brasília, no lançamento da pré-campanha presidencial de José Serra. Aécio foi recebido por militantes e lideranças da oposição, que o aclamavam como "vice". O ex-governador de Minas defendeu a gestão do PSDB no Brasil, afirmou que apoiará o candidato paulista em Minas Gerais e alfinetou o presidente Lula, reivindicando para FHC o desenvolvimento da política econômica nacional.

Leia a matéria completa de Márcio Falcão, publicada na Folha de São Paulo:


O Brasil não foi descoberto em 2003, diz Aécio em defesa de governo FHC

Aclamado por militantes e lideranças da oposição como vice para a chapa presidencial tucana, o ex-governador Aécio Neves (Minas Gerais) transformou o lançamento da pré-campanha de José Serra ao Palácio do Planalto em um ato de defesa da gestão tucana e criticou o governo Lula dizendo "que o Brasil não foi descoberto em 2003".

Em seu discurso, Aécio defendeu as privatizações do governo Fernando Henrique Cardoso que são alvo de inúmeras críticas dos petistas e ainda reclamou a maternidade do Bolsa Família --principal programa da área social do governo Lula-- para a ex-primeira-dama Ruth Cardoso.

"A mais fecunda transformação na vida dos brasileiros ocorreu com o Plano Real, garantindo a estabilidade da economia. O Brasil se modernizou sobre Fernando Henrique a economia se estabilizou e privatizamos sim setores que precisam ser como a telefonia e negaram espaço a eficiência. A obstinação de dona Ruth em relação a transferência de renda, criando cadastros que não existiam, que tiveram nosso apoio, mas o deles não porque não era deles a proposta", disse.

Aécio disse que os tucanos estão preparados para mostrar aos eleitores que o "Brasil não foi descoberto em 2003". "Estamos iniciando um grande embate e é preciso que nós que aqui estamos possamos mostrar que o PSDB e seus aliados estão preparados para o debate de seu país. Vamos também discutir o nosso passado porque não há nada que nos envergonhe. Ao contrário do que alguns querem fazer crer, o Brasil não foi descoberto em 2003", afirmou.

Apesar das críticas, Aécio alfinetou o presidente Lula. "Quero aqui de público reconhecer o presidente Lula. Ele manteve absolutamente inalterada a política econômica do governo Fernando Henrique e teve a resposta de avalizar aquilo que de bom foi feito nesse país", disse.

Aécio evitou falar sobre a composição da chapa, mas afirmou que ao anunciar que estava desistindo de ser o presidenciável tucano assumiu o compromisso de andar ao lado de Serra. "Quando declarei-me não mais candidato dava claro sinal de que estaria ao seu lado porque acima de projetos pessoais esta o interesse de construirmos um Brasil diferente. Estarei a seu lado, onde for convocado, para fazer que sua voz possa ecoar por todo o país", disse.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Artigo fala da posição de Aécio Neves na conjuntura política atual

O jornalista Merval Pereira escreveu um artigo que destaca a atitude de Aécio Neves de se posicionar contra a ineficiência da máquina pública e descaso com a meritocracia impostos pelo Presidente Lula e o PT. O texto também critica a atual conduta de Dilma Roussef e desmascara as artimanhas eleitoreiras da ex-ministra.

Leia o artigo na íntegra abaixo:

Lula republicano
De Merval Pereira:

Dois políticos que não estão diretamente envolvidos com a disputa eleitoral para a Presidência são fundamentais para o resultado da eleição: o presidente Lula e o ex-governador mineiro Aécio Neves.

A campanha da ex-ministra Dilma Rousseff gravita em torno da figura de seu padrinho político, e ela não tenta esconder o que está sendo conhecido como "lulodependência", assim como o presidente não pretende disfarçar seu papel, a tal ponto que alardeia que a vitória da candidata petista será a sua vitória, e só ela o fará plenamente realizado no governo.

Já o ex-governador paulista José Serra depende do também ex-governador Aécio Neves para manter a liderança que ostenta há anos nas pesquisas de opinião.

Se o eleitorado mineiro chegar em outubro convencido de que a vitória de Serra é a vitória de Aécio, o PSDB estará consolidando sua hegemonia nos dois maiores colégios eleitorais do país, com amplas chances de partir dos dois estados para vencer a eleição presidencial.

Ao usar a metáfora "lobo em pele de cordeiro" para identificar a postura do oposicionista José Serra de não atacar Lula, garantindo que não haverá descontinuidade nos programas sociais assistencialistas, a candidata oficial, Dilma Rousseff, utilizou uma imagem que pode facilmente se transformar em arma contra ela.

É ela quem está sendo acusada de não ser uma democrata convicta, e, a cada vez que homenageia seu passado de lutas contra a ditadura, há quem veja nesse gesto a reafirmação de que existe por trás da "pele de cordeiro" o velho lobo guerrilheiro.

Um outro ponto sensível, pelo menos para um eleitorado identificado com valores da classe média tradicional, é o mote da campanha oposicionista de atacar a complacência petista com a corrupção.

Como o assunto é suprapartidário e atinge tanto o PSDB quanto o DEM, em escalas diversas, mas no mesmo calcanhar, a campanha tucana está baseada aparentemente mais na proteção dos companheiros, no compadrio, do que nas acusações de corrupção.

Aécio Neves vem batendo com rara objetividade na falta de compromisso do PT com o bem comum, lembrando várias situações em que o partido hoje no poder recusou-se a aderir a movimentos políticos que uniam a maioria, desde a Constituinte, que seus representantes não assinaram, até a recusa de participar de um governo de união nacional após o impedimento de Collor.

E também a ineficiência da máquina pública, devido ao seu aparelhamento político e ao descaso com a meritocracia, substituída pelo apadrinhamento de companheiros.

Dando demonstrações claras de que se empenhará por uma vitória do PSDB mesmo que não aceite ser o vice oficial, Aécio coloca sua aprovação popular em Minas em contraponto com a do presidente Lula, como uma demonstração de que não é preciso ser "messiânico" para ser popular.

Já o pré- candidato José Serra tem feito referências diretas à "roubalheira", uma maneira popular de falar em corrupção.

Disse ele, em uma frase de seu discurso de despedida que já ficou emblemática do que será sua campanha: "Eu estou convencido de que o governo, como as pessoas, tem de ter honra. E assim falo não apenas porque aqui não se cultivam escândalos, malfeitos, roubalheira, mas também porque nunca incentivamos o silêncio da cumplicidade e da conivência com o malfeito."

Lula segue sendo o principal ativo político da candidata Dilma e, camaleônico, muda de tática à medida que as reações se sucedem.

Depois de multado duas vezes, e de menosprezar a Justiça Eleitoral com gracejos em comícios, Lula deve ter-se dado conta de que é contraproducente cutucar os juízes eleitorais desse jeito.
Passou a posar de "republicano" e agora promete fazer campanha apenas "fora do expediente", como se fosse presidente apenas das 9 às 17h.

Na sua nova fase, que combina cinismo com ironia, Lula condenou, em entrevista à Rádio Tupi, no Rio, o uso da máquina pública durante o processo eleitoral. E ainda por cima criticou seus antecessores, que nunca foram multados pelo TSE por fazerem campanha antecipada.

Lula, dizem que sem ficar vermelho, disse que seria "um teste importante para a democracia" participar da campanha sem usar a máquina pública "como sempre se usou neste país".

Fonte: Blog do Noblat